Republicação seleta (e levemente aperfeiçoada) dos textos de eutenhoumblog.blogger.com.br, blog que mantive dos 16 aos 19 anos, de 2003 a 2006. A ideia é que a repostagem seja na mesma data anterior (dia e mês, apenas dez anos depois). Nos comentários, eu falo do que me lembro da época em que escrevi, e avanço. Pra que o meu eu de então fique contente.

terça-feira, 11 de março de 2014

Encontros e Desencontros

Eu não queria ver Encontros e Desencontros quando vi o trailer ou quando vi o cartaz. Não me chamou a atenção. O que me levou a vê-lo, mesmo, foi a insistente opinião do Cinéfilos Online de que o filme valia a pena. 

É, ele vale a pena mesmo. Puxa vida, nunca julgue um filme pela capa, ou coisa que o valha.

A premissa é simples. São dois protagonistas, americanos, no Japão. Um deles, o homem, é um ator que está ganhando tantos milhões para vender uma marca de uísque. Em sua terra natal ele deixa alguns problemas coma família: um casamento praticamente falido, filhos que correm quando são chamados para falar com o pai ao telefone. O outro protagonista, a mulher, é uma garota, formada em filosofia, recém-casada com um fotógrafo, meio confusa, sem saber por que casou; na verdade, com quem casou. 

E o mais são uns cinco dias, acho, desde que eles se encontram. A história segue calma, ponto por ponto, e cada palavra do texto está lá com louvor. E quando não há palavras, quando você só observa os personagens em tal ação, ou quando eles não dizem nada, e consegue-se ler o pensamento na face do ator — anh, é impressionante o que filme consegue dizer mesmo quando não diz nada. 

Não entendo nada de fotografia, mas se entendesse, diria que são bem legais as cenas da garota encostada na janela do apartamento dela — sabe aquelas janelas que são quase como paredes? Então. Uma garota e o resto do mundo lá fora. Até a frase tem lirismo. A primeira cena do filme. Anh, não achei que alguém pudesse fazer aquilo sem que fosse engraçado. 

Bah, é bom. Bom mesmo, nada mais a dizer. Quero ver de novo.

Nenhum comentário: